REVOLUÇÃO
Passagem brusca, repentina, de um estado qualitativo a outro – manifestação de uma importante lei do desenvolvimento dialético da natureza, da sociedade e do pensamento.
Revolução Social – mudança radical, ao mesmo tempo social e política, que se traduz pelo derrubamento do regime velho e a instauração de um regime social novo, mais progressista. A revolução triunfa pela insurreição armada das classes exploradas e oprimidas contra as classes exploradoras. Se as condições são favoráveis, pode acontecer ser feita pacificamente. O êxito da revolução é impossível sem uma situação revolucionária no país. A revolução é a forma mais alta da luta de classes. A revolução burguesa dá o poder à classe capitalista e instaura um regime capitalista. Para os trabalhadores significa unicamente a substituição de uma forma de exploração por outra. Só a revolução proletária socialista em aliança com o campesinato trabalhador e sob a direção de um partido comunista, derruba o poder da classe burguesa, instaura o poder da classe operária, isto é, a ditadura do proletariado sob uma outra forma e empreende a edificação de uma sociedade socialista em que terão desaparecido a opressão social e exploração do homem pelo homem e em que reinará a democracia socialista.
A grande Revolução Socialista de outubro de 1917 na Rússia foi a primeira revolução proletária socialista vitoriosa.
Revisionismo
Corrente ideológica e política no movimento operário e comunista que, com o pretexto de «renovar», «melhorar», «rever» a doutrina de Marx-Engels-Lenine, a deturpa, adota uma atitude hostil para com os partidos marxistas-leninistas. O revisionismo pretende resolver de modo construtivo os problemas novos do desenvolvimento social, quando de facto não é senão o reflexo da influência burguesa sobre o movimento operário, traduz a pressão que sobre este exercem as camadas pequeno-burguesas e outras não proletárias. Aparecido nos anos 90 do séc. XIX, os seus representantes «reviram» todas as partes constitutivas do marxismo – o materialismo dialético e histórico, a teoria económica Marx, o socialismo científico -, rejeitando a luta de classes, a revolução socialista, a ditadura do proletariado. O revisionismo moderno quer seja de direita ou «de esquerda», combate o socialismo vivo, nega a existência de leis gerais de desenvolvimento do socialismo. O revisionismo de direita não reconhece o papel dirigente do partido marxista-leninista no processo revolucionário e na edificação do socialismo, nem a hegemonia da classe operária no movimento de libertação. A reivindicação do «livre jogo das forças políticas» sob o socialismo contribui de facto para enfraquecer e minar o regime socialista. O revisionismo «de esquerda», por sua vez, censura a teoria e a prática do comunismo científico, dissimulando sob uma fraseologia ultrarrevolucionária o seu abandono do internacionalismo proletário. O revisionismo «de esquerda», intimamente ligado ao dogmatismo, conduz, afinal, ao sectarismo. Os partidos comunistas, que enriquecem de forma criadora a teoria marxista-leninista, dão uma réplica firme e solidamente argumentada ao revisionismo.
CENTRISMO
Corrente oportunista, hostil ao marxismo, aparecida no começo do século XX no movimento operário internacional. O centrismo ocupa um lugar intermédio entre o oportunismo declarado e o marxismo revolucionário. Os centristas recusavam-se a romper com os oportunistas, cobriam a sua traição à causa operária com uma fraseologia pseudo-marxista e procuraram esvaziar o marxismo da sua essência revolucionária. Por isso Lenine considerava que eles eram mais prejudiciais e perigosos para o movimento operário do que os oportunistas confessos. A maior parte dos centristas, durante a Primeira Guerra Mundial juntou-se aos social-chauvinistas, depois tornaram-se inimigos declarados da grande Revolução Socialista de Outubro e do Movimento Comunista Internacional.
Pequeno dicionário político, Edições «Progresso», Moscovo, 1984
